POR QUE RECONSTRUIR A MAMA?

Nas últimas décadas, uma grande atenção tem sido dada ao melhoramento da qualidade de vida das pacientes oncológicas. O objetivo é tornar o menos mutilante possível um procedimento que antes provocava grandes mudanças no aspecto da paciente, o que poderia alterar a sua feminilidade. Assim, a reconstrução da mama é considerada hoje parte integrante do tratamento do câncer de mama. Mesmo que não exista uma técnica capaz de refazer a função da mama (que é o aleitamento), procura-se reconstruir uma forma e simetria adequada das mamas, que depois de certo tempo, torne possível que a paciente reconheça a reconstrução como parte integrante do seu corpo.

QUANDO RECONSTRUIR?

A incidência do câncer de mama é de cerca de 10% na população feminina (aproximadamente 1 em cada 10 mulheres terão câncer de mama). A descoberta pode ocorrer através da auto-palpação e/ou de exames de imagem como a mamografia, a ecografia e a ressonância magnética. É freqüente que, após o diagnóstico, a paciente precise tomar várias decisões. Algumas vezes até ela não pensa de imediato na possibilidade da reconstrução. Outras vezes, pode achar que é difícil decidir naquele momento. É justamente por isso que uma consulta médica sobre reconstrução da mama pode ser importante para ajudar na tomada de decisão.

A reconstrução pode ser realizada de maneira imediata, ou seja, durante o procedimento oncológico, ou tardia, quando se faz após o término do tratamento oncológico. A maioria das pacientes hoje tem optado por realizar a reconstrução da mama imediata. Ela pode ser indicada tanto para as pacientes que deverão ser submetidas à mastectomia (retirada total da mama), quanto daquelas que farão a setorectomia ou quadrantectomia (retirada de uma parte da mama).

Em algumas situações também podem ser necessárias cirurgias adicionais para correções de assimetria e deformidades de pacientes já submetidas à reconstrução mamária.

QUAL A MELHOR TÉCNICA?

Existem diversas técnicas que podem ser empregadas em cada situação específica. Nem sempre existe apenas uma única possibilidade. O seu cirurgião deverá explicar quais técnicas poderão ser indicadas no seu caso e discutir com você os riscos e as vantagens de cada uma. O importante é conhecer as possibilidades reconstrutivas, os seus limites e participar da decisão da técnica junto com o seu cirurgião.