Reconstrução com prótese
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Reconstrução com prótese
Esta técnica pode ser empregada para as pacientes que tem indicação de retirada total da mama (mastectomia). Com o surgimento dos modelos de próteses anatômicas, com formas bastante diversas e gel de silicone coesivo e com diferentes superfícies (lisas, microtexturizadas e nanotexturizadas), e também das próteses expansoras, elas têm sido a opção de escolha em muitos serviços que realizam este tipo de cirurgia em todo o mundo.
O que é: Trata-se de uma reconstrução da mama com o uso de uma prótese de silicone realizada no mesmo momento da mastectomia.
Como é feita: Envolve a reconstrução imediata com prótese de silicone, que pode ser colocada entre o músculo peitoral maior e da pele ou pré-peitoral (abaixo da pele). O remodelamento da mama contralateral (não doente) com o objetivo de simetrizar pode ser necessário em alguns casos. Ele é feito, em algumas situações, na mesma cirurgia. Enquanto uma equipe está realizando o procedimento oncológico da mastectomia, outra, simultaneamente, realiza a mamoplastia redutora ou mastopexia (levantamento) da mama contralateral (não-doente). Com isto, o tempo operatório não aumenta. A reconstrução com prótese dura cerca de 40 minutos. Em alguns casos em que se preserva o complexo areolo-papilar (bico do seio), pode-se optar pelo remodelamento da mama contralateral (não-doente) em um 2º tempo (outra cirurgia). O objetivo é aguardar o resultado final da mama reconstruída e assim buscar um melhor resultado com a mamoplastia na mama oposta.
Quais as vantagens
Este procedimento traz a vantagem da rapidez com que ele é realizado e do pós-operatório bem mais tranquilo do que de uma cirurgia de rotação de tecidos (como o da barriga ou das costas). O silicone traz bons resultados na reconstrução da mama devido à sua textura, inércia e durabilidade. As próteses utilizadas estão aprovadas pela Food and Drug Administration (que é a “Anvisa” americana), pela União Europeia e pela Anvisa no Brasil para a reconstrução da mama.
Quais os riscos: Os riscos estão mais relacionados à prótese. Como ela é um corpo estranho, o organismo precisa se adaptar à sua presença. A necrose da pele com exposição da prótese pode ocorrer em 3-4% e o risco de perda da prótese por rejeição ou infecção é inferior a 10% dos casos neste tipo de cirurgia. Também em cerca de 10-20% das pacientes podem existir a formação de uma cápsula interna ao redor da prótese – contratura capsular que ocorre nos 6 primeiros meses e pode precisar de correção cirúrgica. Pode ocorrer o rippling da mama que significa pequenas dobras/ ondulações perceptíveis na pele que surge devido diferentes fatores como tipo de prótese, seu posicionamento na mama e/ou a estrutura física do paciente, não causa danos à saúde e pode ser corrigida com técnicas de enxerto de gordura ou troca de prótese posterior. Podem ocorrer problemas com cicatrizes (cicatriz quelóide ou hipertrófica), diminuição temporária na sensibilidade de aréola e mamilo devido à manipulação cirúrgica, mas que se recupera em algumas semanas. Raramente (menos de 2%) pode ocorrer necrose ou perda da aréola e mamilo (total ou parcial). Podem existir diferenças no tamanho e na forma das mamas, que na maioria das vezes são discretas. Retoques estéticos adicionais podem ser necessários com o passar dos anos, pois a mama com a prótese tende a ficar estável, enquanto a outra mama está sujeita com os anos a modificar a forma. As pacientes que precisarem de radioterapia podem ter um risco aumentado de perda da prótese ou de contratura capsular e prejuízos no resultado estético.
A prótese de mama pode causar câncer? Sim, é o linfoma anaplásico de grandes células associado aos implantes mamários (em inglês, BIA-ALCL). Ele é um subtipo de linfoma de células T. É um evento muito raro e, uma vez diagnosticado, tem excelente prognóstico e grande chance de cura (acima de 90%). É importante você se informar sobre a prótese que será utilizada: origem, marca, modelo e características técnicas. E também fazer o controle regular com exame clínico e de imagem, conforme indicação do seu médico.
As próteses precisam ser trocadas? As próteses de última geração não precisam ser trocadas preventivamente, apenas se ocorrer o seu rompimento (nenhuma prótese é definitiva), ou se o resultado estético não ficou satisfatório.
Como é o pós-operatório: O pós-operatório, na maioria das vezes, é tranquilo e indolor. Um certo desconforto pode existir com a prótese no início, para adaptação. Existem alguns cuidados especiais que devem ser tomados. O dreno da prótese geralmente é retirado entre 2-7 dias, na dependência da quantidade de drenagem. É indicado o uso de um sutiã modelador durante o primeiro mês. Devem-se evitar movimentos amplos e bruscos dos braços e também não levantar peso. A movimentação normal para alimentação e higiene pessoal é permitida e não causa prejuízo ao resultado final. As feridas cirúrgicas não devem ser molhadas nas primeiras 48h. Após este período, a paciente fica apenas com as fitas adesivas no local, que tem como objetivo reduzir a tensão e melhorar o aspecto final da cicatriz, ou com a cola que deve cair espontaneamente em cerca de 10 dias. Recomenda-se não molhar a saída dos drenos até que os mesmos sejam retirados. As mamas ficam inchadas durante 3 semanas e, dependendo do caso, drenagem linfática pode ser necessária. O resultado estético final ocorre após 3-6 meses da cirurgia ou do término da radioterapia.