Não existem evidências consistentes de que a prática do autoexame tenha impacto na redução da mortalidade do câncer de mama, porém em países como o Brasil, o autoexame é ainda considerado importante, no sentido de reduzir o estadiamento no momento do diagnóstico. Todavia, salientamos que a lesão palpável, com raras exceções, já é considerada uma doença localmente avançada. Por essa razão, enfatizamos a necessidade da mamografia e ecografia feitos anualmente a partir dos 40 anos naquelas pacientes sem fatores de risco para o Câncer de mama.
Recomendação:
O autoexame é aconselhável como forma de autoconhecimento da mama visando a diminuição do diagnóstico de casos avançados. Deve ser iniciado a partir dos 25 anos de idade e realizado uma vez por mês sempre uma semana após a menstruação; as mulheres que não têm menstruação devem estabelecer um dia do mês para a realização do exame.
O exame físico das mamas é parte fundamental da propedêutica para o diagnóstico de câncer. A associação do exame físico aos exames de imagem aumenta a probabilidade de detecção de lesões.
Recomendação:
Toda mulher a partir dos 20 anos que passar em consulta médica com o médico ginecologista deve ter suas mamas examinadas. Este exame deve ser realizado com periodicidade não ultrapassando o intervalo 2 anos. A partir dos 40 anos, o exame das mamas, tanto físico como por imagem, deve ser anual. Pacientes de alto risco devem ter a periodicidade dos exames individualizada.
A mamografia é o exame que comprovadamente reduz a mortalidade por câncer de mama quando realizado periodicamente em mulheres assintomáticas.
Recomendação:
A ultrassonografia faz parte essencial do rastreamento como complementação à mamografia principalmente nas pacientes jovens e/ou que apresentam mamas densas.
Recomendação:
A ressonância magnética não é um exame de rastreamento de câncer de mama a ser utilizado na população em geral. Ele poderá ser indicado, em associação com a mamografia, no rastreamento de algumas situações especiais, que estão listadas abaixo.
Recomendação:
A tomossíntese mamária, mamografia tomográfica ou mamografia 3D é capaz de aumentar em 12% a detecção precoce do câncer de mama, em relação à mamografia digital. A vantagem dessa nova técnica é detectar o câncer numa fase muito precoce e em mamas densas e heterogêneas, que são difíceis para a mamografia convencional.
Recomendação: